terça-feira, 22 de junho de 2010

Juventude Guaicuru marca presença no 15° Congresso Nacional da UJS

No período de 17 a 20 de junho, jovens socialistas de Mato Grosso do Sul partiram da capital, Campo Grande, rumo à cidade de Salvador, palco do 15° congresso nacional da UJS. A delegação do estado foi marcada pela diversidade das frentes; representantes do movimento universitário, cultura, jovens cientistas e jovens trabalhadores participaram dos debates e gt's afim de construir a plataforma de ações da UJS para o próximo biênio.



A novidade deste ano deu-se na composição da direção nacional. 2000 delegados elegeram, por unanimidade, o nome de André Tokarski para presidir a entidade, e aprovaram a ampliação dos membros dirigentes. O presidente estadual Waldely Vaneli, fará parte do pleno, uma medida que diminui as desigualdades regionais.


Durante os quatro dias de congresso, os temas educação, cultura, PPJ, igualdade racial, fim da homofobia e da violência contra a mulher, foram debatidos pela militância e convidados, que contribuíram acrescentando ou retirando emendas nas linhas gerais da tese do 15° Congresso Nacional.

A campanha - até agora vitoriosa -dos estudantes brasileiros, do 50% do fundo do pré sal para a educação, foi também incorporada na pauta de reivindicações dos militantes da UJS, que através da UNE e UBES protagonizaram este importante avanço para a juventude brasileira.




O sentimento de otimismo pôde ser sentido em cada ato do congresso. A abertura dos trabalhos da plenária final, foi ritmada pelo som do grupo Bankoma, que batucou o hino nacional. O plenário, todo em verde e amarelo, fez jus ao lema do congresso "Pra ser muito mais Brasil", e aprovou por aclamação, Dilma como a candidata da UJS a presidente da república.

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segunda-feira, 14 de junho de 2010

As Tecnologias de Informação e Comunicação e o Novo Projeto Nacional de Desenvolvimento: o protagonismo da juventude.






Por Thiago Custódio Puff


Acelerar a convergência entre o plano conjuntural e o projeto estratégico foi uma das lições ensinadas por Gramsci à modernidade: “é preciso organizar a vontade coletiva”. De uma auto-estima ininterruptamente castigada pelas moscas bem entendidas em tirania da República das Bananas, o Brasil passou a ser o país do nunca antes na história desse país, e aquele que fora dado como morto mostrou-se forte e puljante, sob égide do epíteto nacional: sou brasileiro e não desisto nunca, a versão popular do verás que um filho teu não foge à luta. Existem alguns instrumentos que podem nos auxiliar em nossos próximos desafios e vitórias, ele atua em dois planos dialeticamente relacionados: podem acelerar o processo produtivo ao mesmo tempo em que atuam no acumulo de força necessário ao processo eleitoral por vista. Refiro-me às Tecnologias de Informação e Comunicação as TIC's e é sobre isso que pretendo falar nessa primeira investida sobre o tema.


Quando a democracia de mais de 200 anos ininterruptos de pilhagem, guerra e genocídio em nome do capital, disse aos ex-humilhados dos trópicos, é impossível; quando o braço armado dessa potência revelou sua profunda verossimilhança com os inimigos do passado ao assumir a suástica como método; quando a estúpida ironia em forma de caricatura apoderou-se do tom das notícias do PIG; foi para desgosto de todos esses donos do poder que nosso governo ergueu-se e com ele um povo que não reconhece mais as algemas do passado, afirmando tão alto, por cima do vôo da águia do império, aqui não há desistentes. Foi nesse momento que vencemos, pois ninguém reclama o derrotado, ninguém desenha caricaturas do inexistente, ninguém se arma sem propósito. E hoje, a caricatura reconheceu sua estupidez, e os angustiados só são lembrados pela violência. Sem dúvida, esse é o cenário recorrente, por sinal o que melhor se fixa, dos últimos movimentos da política externa do Governo Lula. E como todas essas questões foram twiitadas, como blogueiros escreveram sobre isso. Nunca antes na história do país a rede foi tão utilizada em defesa do Novo Projeto Nacional de Desenvolvimento, mas ela não é neutra o combate de idéias precisa disputá-la.

Um amigo me ensinou que a política também se faz por sinais, nesse sentido relembro a recente frase do presidente do IPEA, Marcio Pochmann, ao afirmar que “o embate eleitoral que se aproxima será mais ideológico”. Não há dúvidas quanto a isso, seu caráter ideológico, ao contrário dos que pautam falsas alienações, está radicalizado na profunda participação dos movimentos sociais, de mãos dadas e cérebros em ritmo de elaboração comum, sintetizando vozes em plataformas, tal como aconteceu no último Congresso da ANPG, com mais de seiscentos pós-graduandos aprovando a tese Movimento um Passo a Frente.

O País busca um novo marco civilizatório, que já é reconhecido pela sigla NPND, Novo Projeto Nacional de Desenvolvimento, fato notório no CONCLAT. No plano tático a capacidade organizativa do movimento social é surpreendente, e justamente por isso, não será televisionada.

Venho de uma geração posterior à queda do Muro de Berlim, e sinceramente minhas primeiras lembranças são da Copa de 1994, principalmente do golaço do Branco contra a Holanda. Falo de uma geração que viu o esfacelamento da URSS no youtube, que possui facilidade em todos esses instrumentos de Tecnologias de Informação e Comunicação e que também por causa dessa interposição é considerada a geração do apático em relação ao fora Collor, geração esta que por sua vez é considerada apática em relação à geração da Ditadura Militar, que foi considerada apática em relação à geração do Petróleo é Nosso, que foi considerada apática em relação à geração abolicionista, cujo exemplo é Castro Alves, patrono da UJS. Sinceramente, quem acompanhou a Movimentação da Campanha do 50% do Fundo Social do Pré-Sal para a Educação, teve uma belíssima lição de dialética, pois com os mesmos instrumentos, até certo ponto vistos negativamente, tecnologias pelas quais vimos a queda do Muro de Berlim, e o esfacelamento da URSS, com esses mesmos instrumentos de Tecnologia da Informação e Comunicação, pressionamos os senhores senadores e mais uma vez ganhamos. Para dizer a verdade é sobre as Tecnologias de Informação e Comunicação que gostaria de dar alguns pitacos.

Nossa geração, sem dúvida, é uma geração de quadros de base e intermediários com ampla capacidade argumentativa, as tecnologias têm temperado o aço. Mas não quero converter a técnica em chave mágica de nossa redenção, é preciso levar em conta que essencialmente o papel dessas Tecnologias de Informação e Comunicação, mais conhecidas sobre a sigla TIC’s, são definidos socialmente.

A UJS vai garantir o quarto gol na copa, porque os três primeiros serão marcados com nossa mobilização para o 15º Congresso da UJS em Salvador, ao lançar a plataforma UJS na Rede, trata-se de uma avançada plataforma com profunda capacidade de meta programação sincronizada. Estou da falando da plataforma que utilizamos para cadastrar nossos militantes. O que significa é isso, camarada?

Muito bem, muitos de nós temos Orkut, facebook, twitter e blog’s. Conseguimos, é verdade, linkar esses instrumentos que são na maioria das vezes nossos perfis sociais, isso é meta-programação, um programa que fala ou gerencia outros programas. Já a sincronização é a capacidade subordinar todas essas tecnologias a uma mesma ação, por exemplo, postagem no twitter que aparece imediatamente no blog.

Mas o que isso significa do ponto de vista organizativo? Significa mais agilidade na capacidade de mobilização, comunicação, formação e informação. Em Estados que enfrentam profundas desigualdades regionais, como o meu querido Estado do Pantanal, a Rede UJS é aposta concreta na superação de dificuldades como esta.

Essa é a primeira perspectiva que gostaria de apontar, a relação das Tecnologias de Informação e Comunicação com a superestrutura, e sua forte influência como tecnologia no acúmulo de forças no plano tático na construção da contra-hegemonia, reforçando mais uma vez que a técnica não é neutra, seu aspecto ideológico é definido socialmente, e ela está subordinada à luta de classes.

A outra perspectiva em que gostaria de abordar as TIC’s diz respeito à sua alta capacidade de gerar valor tecnológico industrial agregado. Ou seja, a relação das Tecnologias de Informação e Comunicação com Ciência e Tecnologia e o setor produtivo.

O motivo é pretensamente óbvio: o projeto de desenvolvimento nacional deverá absorver as tecnologias de informação e comunicação ao setor produtivo para garantir agilidade ao processo de industrialização, seja por incorporação de hardware ou software.

Essa afirmação não é blefe, a média das 59 empresas líderes em TIC’s no país (não quer dizer que são sangue puro tupiniquim) revela uma absurda capacidade de gerar valor tecnológico e industrial agregado. O investimento dessas empresas em TIC’s, na ordem de 2,3 bilhões gerou uma receita final de 260 bilhões. Em outras palavras, essa terceira revolução industrial com certeza garantiu sobrevida à composição orgânica do capital, e sinceramente, não quero nem imaginar a mais valia relativa no setor.

A realidade nacional apresenta dificuldades que precisam ser superadas. O câmbio e o imposto sobre a entrada de capital estrangeiro no setor afastam as TIC’s do projeto de desenvolvimento nacional, até certo ponto, reforçando a tese de que o Brasil cresce com processo de desindustrialização. No saldo de comércio exterior as TIC’s caíram 30% entre 2003 e 2006 devido ao aumento de importações.
Essa afirmação é justificada pela composição do setor: 47,8% em 2006, do valor gerado em TIC’s são provenientes de conglomerados em Telecomunicação internacionais e profundamente radicalizados no capital financeiro internacional. A distribuição da produção das TIC’s em relação aos setores estratégicos é a seguinte: 74,4% nos serviços, 23,0% na indústria e 2,6% no comércio. Vale notar que o valor gerado no setor bateu a casa dos 80 bilhões em 2006, ou seja, expressão numérica cinco vezes maior, para ser modesto, que o dispêndio em ciência e tecnologia do MCT no mesmo ano.
O Novo Projeto Nacional de Desenvolvimento deve entender as TIC’s como setor estratégico em Ciência em Tecnologia 1) pela alta capacidade em gerar valor tecnológico agregado; 2) pela relação das TIC’s com a superestrutura. Uma política de transferência de tecnologias que não combata o capital financeiro internacional com um Estado forte e centralizador estaria fortemente fadada ao fracasso. Nesse sentido é preciso convergir uma política financeira e de ciência e tecnologia com fortes raízes no setor produtivo, para garantir esse sucesso.

Quando as TIC’s colocam em jogo a disputa entre pós-graduação e mercado, o Estado é novamente derrotado, o salário médio do setor TIC é em 2006 é de 2200 R$ e sobe para 3000 R$ se limitado à subárea de Telecomunicações, contra os franciscanos 1800 R$ da bolsa de doutorado de hoje, quatro anos depois do levantamento do IBGE.

Para concluir essa primeira investida sobre o papel das Tecnologias de Informação e Comunicação é importante relembrar que essas tecnologias estão presentes na nossa vida política e o avanço de nossa capacidade organizativa pode ser definido com o sentido social com que nos apoderamos desses instrumentos. Mais do que isso, precisamos definir um papel para as TIC’s no Novo Projeto Nacional de Desenvolvimento. As TIC’s já são parte integrante de nossa subjetividade está na hora de operá-la do ponto de vista da organização política, nisso a UJS vêm mostrando que é craque. Precisamos ir para o ataque sem esquecer que nossa defesa está no setor produtivo. E está na hora do país parar de jogar na retranca no que diz respeito ao seu processo de industrialização.
Thiago Oliveira Custódio é Diretor de Tecnologias da Informação e Comunicação da ANPG, secretário de organização da UJS/MS, mestrando em educação pela UFMS e blogueiro: www.camaradapuff.blogspot.com

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domingo, 6 de junho de 2010

Vídeo: Tá na luta 2008/2010

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terça-feira, 1 de junho de 2010

12° Congresso da UJS/MS é marcado pela diversidade e ampliação.


Sábado, dia 29, os militantes da juventude guaicuru, reuniram-se para o 12° Congresso da UJS/MS e 4° Congresso da Capital, Campo Grande. Cerca de 80 jovens - das mais variadas frentes de atuação da entidade - compareceram ao congresso, para debater as principais demandas da juventude do estado do pantanal, compor a nova direção e traçar os desafios do próximo período.

O ato político teve a participação de importantes nomes da política regional, o deputado federal e pré- candidato ao senado Dagoberto Nogueira (PDT), o pré – candidato a deputado federal Moacir de Abreu (PCdoB), Walber Nolesco, representando o pré – candidato ao Governo Zeca do PT, Anderson Ribeiro, presidente da UEE/MS, Thiago Custódio, diretor nacional da ANPG e Robson de Souza, coordenador geral do DCE/UFMS. Representantes do movimento estudantil também marcaram presença no grandioso congresso. Artur D’amico, vice UNE MS/MT, Francisco Edson, diretor do DCE/UEMS, Eres Junior, diretor do DCE/UCDB.



Os debates acerca da tese “Pra ser muito mais Brasil” foram conduzidos por Waldely Vaneli, que foi reconduzido à presidência da entidade, e Thiago Custódio, que também compõe a executiva da UJS/MS. Através das análises de conjuntura nacional e estadual, a militância pode rememorar as lutas travadas nos últimos anos, e as perspectivas apontadas para a continuidade da política defendida pela entidade. “O modelo político defendido pelo atual governador , do desenvolvimento a qualquer custo, sem se preocupar com o social e o desenvolvimento sustentável, representa um atraso. Precisamos retomar o crescimento do estado com as devidas preocupações, e garantir que assim como o país cresce, Mato Grosso do Sul, através da luta e protagonismo da juventude, possa avançar.” Afirma Vaneli.

A composição da direção estadual reflete a nova fase que a entidade vivencia no estado. Novos canais de diálogo com a juventude, foram abertos ao consolidar importantes frentes como, os jovens trabalhadores do campo e urbano, LGBTT, movimento universitário e cultural.
A capital seguiu no mesmo movimento. Pintada com as cores da inovação, a direção municipal, pela primeira vez, tem a frente uma mulher como presidente, a jornalista Rafaela Muniz. “O desafio desta nova direção, passa pela consolidação de uma UJS municipal forte, mais atuante e com identidade própria. Dar continuidade nas lutas já iniciadas, como o movimento pelo passe livre para todos e a ampliação dos jovens secundaristas, serão prioridade para os dirigentes.” Pontua Rafaela.


Ao término do congresso, toda militância partiu para o 2° Sarau Vermelho, organizado por integrantes do CUCA PANTANAL. O grupo Tracajás, formado por estudantes da UFMS, deu o ritmo da festa com o melhor do samba e MPB, logo após, o comediante Stand Up Juninho Patrício, filiado à UJS, deu continuidade a confraternização dos dos jovens socialistas.


De Campo Grande,
Rafaela Muniz
Presidente da UJS/CG e Secretária de Comunicação UJS/MS

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